O Impacto da Mídia

 


Oi, pessoal! Hoje vamos falar sobre o papel da mídia e das redes sociais, e tecnologias e inovações na assistência ao parto.

Antigamente, em diversas novelas, eram apresentadas cenas com violência obstétrica, tanto de forma implícita quanto explícita; porém, raramente essa violência era tratada ou aprofundada nas cenas seguintes. Com isso, percebia-se uma naturalização dessa violência, em que, muitas vezes, a culpa do acontecimento era colocada na mulher — como metaforizou  em seu livro, Calibã e a Bruxa:

“Na sociedade capitalista, o corpo para as mulheres é o que a fábrica é para os homens assalariados: exploração e resistência”. De uns anos para cá, com o advento da globalização, da Internet e das redes sociais, o assunto veio à tona. Nesse sentido, com a maior rapidez na disseminação de notícias, de relatos e de estudos, a mídia passou a retratar com mais seriedade os casos de violência obstétrica. Vale ressaltar que um dos primeiros movimentos de violência obstétrica ocorreu na França, em 2014, pelas redes sociais, com a #PayeTonUtérus; foram recolhidos milhares de relatos de mulheres que sofreram algum tipo de violência obstétrica durante o parto. Em âmbito nacional, o assunto é ainda mais recente e ainda não tão popularizado, com iniciativas veiculadas pelo Ministério da Saúde apenas em 2023, e pesquisas também recentes. Alguns movimentos online criados foram: cartilhas virtuais, postagens em páginas governamentais e páginas de apoio entre mulheres em redes sociais; a fim de conscientizar, apoiar a causa, ajudar com o que deve ser feito se a pessoa sofreu violência obstétrica e dar apoio às vítimas.

O uso de tecnologias e inovações é inevitável com a constante evolução dos mesmos. Nesse viés, eles podem obter resultados mais eficazes e melhorar alguns aspectos de atendimento pré-natal, do parto e até mesmo depois. Entretanto, deve-se utilizá-los como ferramenta adicional e auxiliar no tratamento e acompanhamento, colocando a paciente sempre como prioridade e visando seu bem-estar; de forma que, as consultas presenciais e o convívio com o médico ainda se fazem necessários. Além disso, vale ressaltar que para colocar em prática as novas tecnologias e inovações, deve-se garantir que todas as gestantes terão acesso a elas — de maneira que não se evidencie ainda mais as desigualdades sociais - e que todos os médicos, enfermeiros e parteiras tenham acesso aos estudos fundamentais para aprenderem a aplicá-las e como e em qual contexto devem usá-las.

Ademais, é de extrema importância orientar e estudar sobre as Intervenções Médicas Minimamente Invasivas, para que na hora do parto a gestante tenha autonomia e conhecimento para dizer se quer

alguma intervenção ou não, e saber se aquilo que foi feito com ela era a forma menos invasiva do procedimento ser realizado. Portanto, médicos, enfermeiros e parteiras também devem estudar sobre as

IMMAs, para que, aliado às tecnologias, o parto das gestantes seja tranquilo e sem violência obstétrica. Sob essa ótica, o desafio ético com o uso de tecnologia na sala de parto é saber o limite de até que ponto aquela tecnologia é uma boa estratégia, ou até que ponto a gestante se sente confortável com o uso, para não haver um uso extrapolado que prejudique o momento delicado do parto; além de, usar apenas se for realmente necessário e com consentimento da paciente e esclarecimento do procedimento.

Assim, aliando a tecnologia, a globalização e os estudos, foram criados alguns aplicativos para ajudar, auxiliar e apresentar às mulheres durante a gestação e profissionais da área diversos assuntos incluindo a violência obstétrica, sendo alguns deles: gestão de parto (apenas para IOS, ajuda médicos e enfermeiros a como administrar o parto e esse momento delicado), baby center (além de auxiliar a acompanhar a gravidez através do calendário gestacional, também auxilia mulheres sobre os assuntos mais diversos com dicas, artigos e informações sobre cada etapa do período gestacional), Canguru Gravidez (aplicativo que dispõe de conteúdos, além de uma rede social onde é possível trocar experiências com outras gestantes, mulheres que estão tentando engravidar e mulheres que já tiveram seu bebê sobre qualquer assunto relacionado à gravidez), parto humanizado (esse aplicativo tem como função principal informar sobre violência obstétrica, comentando desde atos que parecem “rotina”, mais implícitos, até os mais explícitos que são considerados violência obstétrica; o aplicativo também auxilia a criação de um plano de parto).

 Espero que vocês tenham gostado e aprendido mais um pouco sobre esse tema tão importante. Continuem acompanhando o blog para não perderem mais posts informativos como esse e indiquem nossa página para algum conhecido, assim levaremos o conhecimento sobre violência obstétrica para mais pessoas.

Até mais!


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